quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O CONSUMO CONSCIENTE

O consumo consciente é um assunto de carácter importância em detrimento do nascimento do menino Jesus (Natal de 2010). Um nascimento em que nesta altura estamos conscientes das correrias ao super mercado, praças, viagens, roupas novas, novas amizades, novos números de telefone, namorada nova, calçado novo entre outros aspectos que deixam marca na vida enquanto ser social.
Afinal de contas, o que é o consumir conscientemente? Eis a questão do que vimos no recente Natal! A nível económico, a prática diz-nos que o consumo consciente é quando o agente económico está consciente do produto (bens e serviços) que se predispôs a consumir livremente (a responsabilidade enquanto tal está em causa). O dicionário refere que o consumo consciente é um movimento social que baseia no aumento da consciência sobre as decisões das compras no meio ambiente e a saúde e a vida em geral dos consumidores. Ele também está preocupado com os efeitos dos mídias e das propagandas sobre os consumidores. Este conceito tem uma tendência da responsabilidade individual e colectiva. Segundo o fundador da wikipedia Jimmy Wales, o consumo responsável significa adquirir produtos eticamente correctos, ou seja, cuja elaboração não envolva a exploração de seres humanos, animais e não provoque danos no meio ambiente. E isto pode ser feito através das seguintes maneiras: 1. Compras correctas – favorecendo produtos eticamente correctos e realizar negociações baseadas em princípios no bem comum, e não só na satisfação de interesses individuais, permitindo a negociação para o interesse próprio apenas para perpetuar algum bem comum além deste interesse. 2. Boicotes morais – a compras e negociações que vão de encontro à proposta anterior.
No contexto angolano, o consumo consciente é visto duma maneira em que o cidadão consome conscientemente um determinado produto induzido pelo órgão regulado que é o Estado porque o Estado tem sido cada vez mais intervencionista na economia de mercado por causa da eficiência e eficácia, externalidade, equidade e estabilização económica, etc. O exemplo concreto é mesmo aquando da festividade natalícia. A prevenção rodoviária, policiamento de ordem pública, serviços secretos, correria para as compras de presentes, a feitura do bolo, o consumo de bebidas alcoólica e não alcoólica, árvore de natal entre outros. O mais engraçado é que trata-se de um encontro familiar a semelhança de óbitos, doenças e grandes festas (…). Dito isto, suscita-me uma inquietação: noutros momentos onde é as famílias têm estado que se encontram em ambientes de género? Porque é que a boa refeição nalgumas casas são feitas quando se trata do nascimento de Jesus ou o aniversário de um membro da família? O sorriso lindo, a boa indumentária, a verdade e a falsidade no rosto, etc. Não nos esqueçamos que devemos aplicar sobretudo a racionalização económica e financeira porque o Natal acaba por ser uma altura do ano em que os agentes económicos (indivíduos) gastam muito por uma necessidade diminuta sem prever para melhor prover o mês de Janeiro, o famoso mês de carência financeira, e o Estado angolano habituou-nos a isto por isso é que o nosso consumo é mesmo consciente. O que nos levar a pensar assim é o facto de que é no mês de Dezembro em que os funcionários públicos recebem três salários, nomeadamente o salário de Novembro, Dezembro e o décimo terceiro, dado ao atraso salarial que se regista em Angola. Por isso, é preciso ter mão levar a peito aquele princípio do “deixa para lá” quando estamos a efectuar compras de género.

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