quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O CRISTÃO E A POLÍTICA

Várias abordagens se tem feito sobre a particiapação do cristão na vida política e sobre a própria política, tal como ela é e tal como ela deve ser, desde antiguidade até aos nossos dias. Cientistas políticos e filósofos, como, Aristóteles, Platão, Sócrates, Maquiavel, Thomas Hobbes, Cícero, Jean Jacques Rousseau, Santo Agostinho, S. Tomás de Aquino entre outros, deram um grande contributo na gênese, evolução e permanência do estudo da ciência política. O objecto de estudo universal da política é a arte ou capacidade  que um estadista deve reunir para organizar um sociedade política. E o governanr bem implica respeitar os princípios fundamentais dos direitos humanos e dar a primazia ao regime democrático visto que é até ao momento a democracia nos mostra que é única forma de governo em que o cidadão cristão e o não cristão tem a voz e vez por meio de uma participação activa nas tomadas de decisão do Estado.
A Sociedade Civil deve ser dinâmica e não estática, mas este dinamismo só será possível se levarmos em consideração a célebre frase do filósofo grego Aristóteles de que “o Homem é um animal político político por natureza (...), porque vive em sociedade”. E eu acrescento que tal como a sociedade actual é tão exigente, os cidadãos estão condenados a cumprir as normas e regras que cada Constituição estipular e a viver juntos à todo custo. Se Aristóteles afirma natureza política do ser humano, logicamente, o cristão é chamado a conviver com a política, uma vez que a nossa vida é feita também de políticas e o que difere é onde, como, com quem e para quê fazer a política.
Na minha opinião o importante é saber como relacionar a Fé e a Política, e daí a necessidade urgente de todo o ser humano fazer política. Muitos analistas políticos defendem que existe dois tipos de política. Uma escrita com P maiúsculo (refere-se com política social) e outra com p minúsculo (refere-se com a política partidária). A primeira, diz respeito ao bem comum da sociedade, por exemplo, a organização da saúde mental e física, rede escolar, transportes, saneamento básico, o efeito estufa e os problemas ambientais, justiça, agricultura, choques culturais ou civilizacionais entre outros aspectos. A segunda, diz respeito a luta pelo poder do Estado, a conquistar e a preservação do poder, quer do governo central, quer do governo local. O cidadão é convocado a participar activamente no seu partido, visto que a política partidária tem como referências: ver o programa do partido; ver a intrusão do povo nos programas do partido; ver quem são os candidatos que representam o programa, através das suas propostas e enfim.
O relacionamento da fé e da política, por um lado, passa pelo facto de que a fé tem a ver com Deus e a sua revelação. Mas ela está dentro da sociedade e é uma das criadoras de opinião pública e decisão. Ela, dizia um amigo inesquecivel, é como uma bicicleta, possui duas rodas mediante as quais se torna efectiva na sociedade: a roda da religião e a roda da política. A roda da religião, concretiza-se pela acção, pelas celebrações, pelas pregações e pela leitura das Escrituras. Por esses meios se formam as convicções que estão na base de decisões concretas. A roda da política, a fé se expressa pela prática da justiça, da solidariedade, da denúncia das opressões. Como se vê, a política aqui é sinónimo de ética. Temos que aprender a nos equilibrar em cima das duas rodas para poder andar correctamente. Por outro lado, entre a fé, política e cidadão individual, temos que ter a ideia de que a fé inclui a política, isto quer dizer, um cristão pelo facto de ser cristão, deve se empenhar na justiça e no bem-estar social do seu país e issto aumenta a capacidade de criticar os assuntos do Estado. Entretanto, o cristão deve optar por programas e pessoas que se aproximem o mais possível aquilo que entendeu ser o projecto de Jesus Cristo e de Deus ma história da humanidade. Mas a fé transcende a política, porque a fé refere-se também à vida eterna, à ressurreição da carne, à transformação do universo, algo que nenhuma política social e nenhum partido ou Estado podem prometer. E a religião precisa também de uma orientação política e é urgente despir-se dos tabus de que deixar a política para os políticos (...), a política é para todos nós, basta estar vivo para o enquadramento teórico e prático.~
Por isso, grande parte da actividade política actual, ordena-se a chegar ao poder e uma vez no poder, a promover reeleição. Deforma-se assim, a natureza da política como busca comum do bem comum, tal como referiu Mahatma Gandhi. Par este grande líder, a política é um gesto amoroso para com o povo que se traduz pelo cuidado com o bem-estar de todos os pobres.
Termino dizendo que, a política e o dinheiro andam também de mãos dadas. O dinheiro serve para comprar o necessário para o consumo daquilo que precisamos. O dinheiro serve para economizar. O dinheiro serve para doar (...). É indispensável elaborar uma política individualista e colectivista para manejar tudo aquilo que está ao nosso redor e as oportunidades são diversificadas.

1 comentário:

  1. A Sociedade Civil deve ser dinâmica e não estática,
    a política e o dinheiro andam também de mãos dadas
    Palavras bonitas e linda para sociedade, concordo plenamente contigo!!...
    assim é q a sociedade poderia ser.
    valeu continua assimm, força

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