quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A POLIOMIELITE DO AMOR

Chamo de poliomielite do amor porque é um assunto que está constantemente connosco desde à nascença. Basta estar vivo para se amar alguém ou um objecto e ser amado, porque o contrário deixa muito a desejar! O amor é vida e os vivos de hoje tornam mais polémico o amor, tal como as sucessivas vacinas da poliomielite que as nossas crianças dos 0 aos 5 anos de idade têm apanhado.
Para melhor compreensão da poliomielite do amor vamos definir a prior o amor. O dicionário diz-nos que o termo amor tem vários significados. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atracção, apetite, desejo, libido, etc. Na verdade existem vários conceitos do amor mas o que vai de acordo com a temática em causa, é o de que o amor consiste num envolvimento, de uma maneira geral, na formação de um vínculo emocional com alguém de sexo oposto ou do mesmo sexo, ou com algum objecto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. Actualmente este conceito foi sofrendo alteração devido a ambição, a ganância, o interesse, o egoísmo e a traição, tal como refere Santo Agostinho sobre a concepção da natureza humana. Um amor tipicamente platónico. O amor platónico trata-se duma interpretação da filosofia de Platão, é uma expressão usada para desligar um ideal, alheio a interesses ou gozos (…). Um amor-perfeito, ideal, puro, casto. Ou seja, um amor em que o amante busca no amado a Ideia-verdade essencial – que não possui. O amor em Platão não condena o sexo, ou as coisas da vida material.
Susan Henrdrick e Clyde Hendrick apegam-se na teoria de Alan John Lee, teoria chamada estilos de amor, Lee identificou sete tipos básicos de amor que as pessoas usam nas suas relações interpessoais: 1. Eros – um amor apaixonado fundamentado e baseado na aparência física; 2. Psique – um amor espiritual, baseado na mente e nos sentimentos; 3. Ludus – o amor que é jogado como jogo; amor de brincadeira; 4. Storge – um amor afectuoso que se desenvolve lentamente, com base em similaridade; 5. Pragma – amor pragmático, que visualiza apenas o momento e a necessidade temporária, do agora; 6. Mania – amor altamente emocional, instável, o estereótipo do amor romântico; 7. Agape – amor altruísta e espiritual.
O mais engraçado em torno da poliomielite do amor, existe um outro dado interessante, aquilo que os economistas chamam de “economia de mercado” e podemos fazer uma articulação ao relacionamento amoroso nos dias de hoje. Quanto mais um cidadão possuir um bom charme, um jipe de cinco estrelas, primar pela indumentária, higiene, saber conquistar uma cachopa, estudioso ou estudado e enfim, tem o meio caminho andado para conquistar e manter ou preservar uma relação amorosa. Nesta ordem de ideia, lembro-me das palavras do politólogo Maquiavel “fácil é conquistar o poder e o mais difícil é preservar o poder conquistado”, o mesmo vimos nas relações amorosas, podemos considerar que o amor também é um poder de persuasão (…).
O comportamento no amor dos jovens actuais está cada vez mais assustador, porque muitos destes jovens estão imbuídos na ilusão (não saber imitar as cenas das telenovelas, pouca reflexão, a falta de ocupação leva-os a sentar nos muros a controlarem e chamarem as garotas, gravidez precoces, a não aderência aos princípios da religiosidade, a fuga aos compromissos conjugais, etc.).
Sem mais de longa e sem ter medo de errar, vejo que o amor é uma escolha! Uma escolha desde a beleza, a posição social e familiar, a cor da pele, inteligência da pessoa em que se pretende ter como parceiro (a). Ao contrário da noção de amor do tempo dos nossos pais. Esta escolha no amor e na paixão envolve também um sonho e pensamento limitado ou seja consoante as suas condições sociais, físico e mentais. Mas o recado que eu deixo é o de que enquanto o sonho for grátis, caro leitor vá sonhando mas atenção não te esqueça que um dia poderás pagar imposto por sonhar tanto! Aí sim, o incansável leitor não quererá dormir, não é? Sem mentiras. Viva o Amor.

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