A decepção é um sentimento tão frustrante, talvez seja das
sensações que mais entristece, bloqueia, empobrece, desvirtualiza, etc; impede
de continuar a viver toda e qualquer pessoa, daí a célebre frase que carrego
comigo diariamente “a morte é uma certeza mas ninguém quer ser o primeiro a
morrer”. A par desta noção de decepção, surge-me uma outra inquietação: porque é que nos decepcionamos com uma
pessoa, com um acontecimento, com uma situação, com a vida? A resposta não
foge muito deste dizer: é natural que isto aconteça porque a vida tem destas
coisas.
A decepção muitas vezes bate a porta quando criamos tantas
expectativas a nossa volta e se o resultado for frustrante, inesperado,
turbulento, assustador, arrasador estamos perante a decepção (…), ansiedade,
emoções, etc.
E o mundo que nos rodeia não tolera a insatisfação, tristeza,
uma criança animada, sorriso, alegria, moda, adrenalina, sexualidade, droga,
etc. A decepção é algo muito forte (…). São momentos marcantes, frustrantes,
dolorosos, mas é preciso ultrapassar e não se deixar levar pela decepção (…), é
preciso ganhar forças e levantar (…).
No contexto africano, a decepção é o dia-à-dia de muitos tudo
por causa do índice elevado de pobreza, doença, morte, analfabetismo,
branqueamento de capitais, manipulação, falsos profetas em muitas regiões. E o
remédio ou a alternativa de como ultrapassar estes problemas passa
necessariamente pela consciencia de cada um, como amar-se a si mesmo, e a
solidariedade, como amar o próximo. Outro dado interessante perante esta
situação, é ter a noção da ocupação; ou seja, ocupar os tempos livres fazendo
leituras, ir a igreja, cinema, gelado,
namorar, assistir a uma partida de fotebol, fazer boas amizades, conversas construtivas,
entre outras adrenalinas, no sentido de evitar cometer loucuras imagináveis que
possam dificultar a sua vida. Ter a ideia de que a vida tem momentos bons e
maus, e a intenção é pautar sempre para o bom momento e não apoquentar com o
mau momento partindo do princípio de que na vida todos os problemas têm
solução, tarde ou cedo.
Na minha opinião, a decepção é ruim para todos mas acho que
todos nós deveríamos de ter uma decepçãozinha na vida porque só desta maneira
aprendemos com os nossos erros. A verdade também seja dita, é duro ficarmos
decepcionados com alguma coisa (…). Mas temos de enfrentá-la e não virar-lhes
as costas (…). Consultar um psicólogo, sociólogo, sacerdote, pastor, um membro
mais velho da família, o parceiro ou parceira, ou mesmo um outro especialista
que domina o assunto da decepção, é um excelente caminho andado para a
resolução dos problemas pessoais ou familiares. Mas é fundamental saber que as
decepções também são importantes para aprendermos a viver em comunidade, ontem,
hoje e amanhã, visto que a mundividência é cada vez mais dinâmico e competitivo
e nunca nos esquecermos dos outros, desde que este que este respeite a sua
liberdade e mostre a disponibilidade de crescer, aprender, como manda a lei da
natureza (…). E evitar no máximo possível apontar o dedo a outrem como actores
principais dos seus problemas, antes ir ao fundo da problemática, ver os prós e
contras, abrir-se com a pessoa mais próxima de ti, porque muitas vezes o
problema és tu e não o outro, excepto aqueles casos que tu tens dados palpáveis
de que o teu problema é o resultado dos factores externos (os insultos, a
traição, a corrupção, a infidelidade, o abuso de confiança, o clima, o abuso de
poder, quer político, quer religioso, etc.).
Caro leitor, a par do que se abordou, reflicta na seguinte
equação: Posicionamento + a falta de autodomínio x a falta de ocupação mental e
física = Decepção. Bem aja.
Benvindo Luciano,
Docente Universitário
Bom, está provado que a decepção reduz os níveis de produção e desempenho de grupo de funcionários ou pessoa singular. É consequência de conceitos preestabelecidos como modelo de avaliação ou grau comportamental deste grupo ou daquela pessoa, sendo como resultado do desvio da regra, mau estar e muitas vezes rotúra na relação dos intervenientes. em minha opinião a nossa sociedade angolana actual precisa aprender a desaprender conceitos supérfluos transmitidos de geração em geração, bem como reconhecer nos outros características humanas susceptíveis a erros e crescimento. e que o crescimento e o reconhecimento neste âmbito passa muitas vezes em ampliar o saber e cultivar a compaixão, para progressivamente aceitarmos a diferença e encarar os motivos das decepções como falhas humanas superáveis facilmente com o conhecimento íntegro da própria vida em sociedade.
ResponderEliminarNos dias de hoje o numero de decepções que cada individuo sofre, são cada vez mais constantes, isto a meu ver deve-se ao caso das expectativas que depositamos a outrem, por vezes esperamos que os outros façam por nós aquilo que nós faríamos por elas,sem ter em conta que cada um tem a sua personalidade.
Eliminarpor outro lado,nós mesmos pedimos aos outros que confiem em nós,quando a prior já sabemos que não somos capazes de cumprir com as nossas promessas, ou tão pouco temos vontade de cumpri-las.
uma coisa é certa,uma vez decepcionado, a pessoa dificilmente volta a confiar.
é assim na vida profissional e pessoal,cabe a cada um rever seus conceitos e ter em mente que cada acção tem uma reacção.